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Bem-vindes a Marginália 3

Quadrinhos, música brasileira e outras coisas a mais. É somente requentar e usar! Made in Brasil

Lista: aves citadas na música brasileira


Não sei se é um consenso no mundo de apreciadores da fauna, mas eu, particulante, gosto bastante de pássaros, por motivos de design e funcionalidades. São uns bichinhos da hora, por isso, fiz uma lista de alguns pássaros citados na nossa música nacional!


#1  Tico Tico no Fubá - Zequinha de Abreu
um clássico absoluto da música popular, uma das melodias mais conhecidas que existem e bastante interpretada por diversos músicos mundo a fora. Tico Tico no Fubá é uma música obrigatória em qualquer meio de música "erudita" (a galera mais pomposa) e estou linkando a versão da Duo Siqueira, a melhor já feita. Tico Tico (Zonotrichia capensis) é um humilde passarinho que tem em média 15 cm, bastantes comuns nas areas urbanas do Brasil

olha o topetinho dele, que fofo

#2 Lá Vem O Bicho - Sá e Guarabyra 
Um épico conto (na pegada) sobre o espanta boiada, também conhecido como quero-quero (Vanellus chilensis) que é mais comuns na areas gaúchas do país, porém tem presença em todo território nacional.

eu não sabia que o quero-quero tinha esse nome

#3 Carcará - João do Vale
Já que é pra falar de conto épico, termos a música mais foda já feita, Carcará! (pega, mata e come!) é uma das minhas músicas favoritas, especialmente na versão do Zé Ramalho, a que linkei. Composta pelo maranhense João do Vale contando da pespectiva quase de uma criança maravilhada com o mundo sobre o carcará (Caracara plancus) um feroz falconiforme que vive nas áreas mais quente do país, próximo ao litoral também. Bastante comum no nordeste, todo nordestino já viu esta besta voando por aí ou rodeando por próximo, símbolo da região e uma ave da mulesta. 
Para fins de arquivo cito também a versão da Nara Leão, mais soft, mas muito gostosinha de ouvir. Registro a música pipira do João do Vale cantada por Nara também

Ele é malvado é valentão/É a águia de lá do meu sertão


#4 Assum Preto - Luiz Gonzaga e Herbet Texeira 
Herbet Texeira e Luiz Gonzaga renderam vários, inúmeros clássicos da música nacional que dupla, dentre elas termos uma música que narra uma tragédia, quando furavam os olhos do assum preto na supertição dele cantar mais bonito, uma tristeza. Que música triste, mas bonita, também uma das minhas favoritas. Assum preto (Gnorimopsar chopi) também é conhecida como graúna em outras bandas, um belíssimo bicho negro que costuma viver mais em zonas rurais.
Falando no Gonzagão também registro Pássaro Carão e Sabia


#5 Acauã - Zé Dantas 
Essa música também ficou famosa na voz do Luiz Gonzaga, contudo trago a melhor versão registrada que é do Quarteto Violado em 1972, valendo de menção a versão da Gal Costa também. Acauã (Herpetotheres cachinnans) conhecido como Laughing Falcon em inglês é mais um falconiforme da lista, apesar de ser conhecido como passáro risonho em inglês devido ao seu canto em alguns lugares do país é visto como um mau-agoro (presságio) da sua morte ou de um conhecido, sendo chamado de deus-quer-um e até gavião-coveiro o que é uma sacanagem, ele é tão fofinho (se alimenta de cobras) 

Majestoso, fofo, esbelto.

 

#6 Canto da Ema - João do Vale
Mais uma do João do Vale, essa vez famosa na voz do Jackson do Pandeiro, aliás tem um registro INCRÍVEL dele cantando ao vivo, o rei do ritmo mostra suas habilidades nessa música de uma forma espectacular, ninguém cantava como Jackson do Pandeiro e ninguém chegará perto até hoje. A música fala do mau-presságio que é ouvir a ema cantar, o que é justificável já que se trata da maior ave da américa do sul. A ema (Rhea americana) é típica do cerrado brasileiro, não atoa termos as famosas emas da alvorada que viralizaram na internet após rejeitar cloroquina do então presidente Bolsonaro.  

olha as eminhas aaaaaaaaaa

#7 Urubu - Rogério Skylab
Skylab acabou virando meme (não acredito que tenha sido contra a sua vontade) e alguns acabaram esquecendo que ele realmente é músico, entre os trabalhos mais decentes tem esse primeiro álbum. Um fato curioso é que Skylab abriu um show do Paralamas do Sucesso cantando essa música no violão, só que com o pênis pra fora da calça, uau. Os urubus dispensa apresentações, é uma ave conhecida do público geral e até popular por ser símbolo da torcida do Flamengo. A música não especifica qual urubu é, dentro de vários da família catharidae, mas a imagem mental que tenho é o urubu-preto (Coragyps atratus), aquele mesmo que agardece antes de comer sua refeição.

Flamengoo-go-go


#8 Saudade D'Ôce - Vital Farias 
Apesar de não falar de um passáro precisamente eu queria terminar a lista com um número par, então aqui estamos. Na versão do grande encontro 2, aquela boa trupe que é símbolo da música nordestina até hoje. A música cita a "encomenda" de um beijo de saudades dum beija-flor, passarinho bem citado na música nacional. Este pequeno indíviduo de milhares de batidas de asa por segundo vive cheirando flores alheias pela flora, o específico da foto é o beija-flor-de-fronte-violeta  (Thalurania glaucopis) um nome bastante pouco criativo para um bichinho tão belo.


Menções honrosas, apesar de Beija-Flor do timbalada ter esse nome, a música claramente não fala sobre o pássaro, apesar de ser um absoluto banger! (yo quiero te enamoraaaaaaar amooooor), o mesmo vale para Pássaro de Fogo e a banda de arrocha Asas Livres, que pouco fala sobre pássaros também. Aqui termos rigor! (Na maioria dos casos)

No mais, todas as informações foram retiradas do site www.wikiaves.com.br tendo a eles todos os direitos reservados. 
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O que é tropicalismo/tropicália?

 


Resumidamente: Tropicalismo é um movimento artístico, portanto também cultural e político. Abrange das artes plásticas até a música, tem um quê de psicodelia dos anos 60, mas a principal característica é um apelo a brasilidade, ou como gosto de definir, um ode a confusão/bagunça. Vamos chegaremos lá. 

Caso-você-não-tenha-reparado esse blog é tropicalista, o autor (yo) se amarra numa MPB e psicodelia, principalmente nos tropicalistas mesmo, Gal, Gil, Caetano... Aliás o nome deste blog é uma referência a música Marginalia II  portanto, pelo menos de ouvido, eu posso explicar que raios é isso pra você.


Primeiro, contexto musical dos anos 60.

Anos 60 foi o ano de fundação da música brasileira, mas calma, é claro que existiam artistas brasileiros de enorme sucesso antes dessa data, mas a questão é: O que conhecemos como música nacional se fundou/consolidou nos anos 60, ponto final, sem dúvidas em relação a isso. Óbvio que houveram outros movimentos mais importantes antes e depois, mas eu preciso puxar sardinha pro meu lado.

Essa fundação, se deu a ferro e fogo, num caldeirão caótico (principalmente político, golpes e pá) e como todo caos, foi-se criando coisas. Basicamente a música nacional passou a década dos hippies completamente faccionada, entre dois grandes grupos que disputavam o público, MPB contra a Jovem Guarda e outros movimentos comendo de beirada, como a bossa nova, o forró (que não tem nada a ver com isso), o Soul Brasileiro nascendo no finalzinho da década e a tropicália, enquanto música, pois enquanto movimento gráfico já existia. Embolou? Vamos devagar: 

Jovem Guarda

Respectivamente: Roberto Carlos, Wanderléa e Erasmo Carlos

 Sei quase nada sobre Jovem Guarda, mas vamos lá:
A Jovem Guarda é uma mistura do rockabilly (sim, tipo Elvis ele mesmo) dos Estados Unidos com o fenômeno das bandas mobs britânicas (tipo o Beatles, dá pra notar pelo corte horrroso), umas pitadas de rock surfista e algumas músicas italianas aleatórias, o ritmo foi bastante popular entre a juventude e era sinônimo de rebeldia, transgressão e mini saias, a famosa juventude transviada que o Luiz Melodia fala também leva o nome de Iê Iê Iê (yeah-yeah-yeah). Falando em nome, o movimento ganhou esse nome devido ao programa de televisão do mesmo nome apresentado pela TV Record nas tardes de domingo. Apesar do Roberto e Erasmo Carlos serem os mais famosos e com suas composições o substrato central mesmo da Jovem Guarda era abrasileirar (ou apenas traduzir literalmente) músicas gringas, haviam bastantes bandas focadas especificamente nisto, traduzir os sucessos de discos estrangeiros ou até achados que ninguém tinha ouvido antes.
Por serem muito americaninhos(até as bandas serem em inglês) sempre fora muito esnobada pela crítica e pelo setor "mais cultural", por se tratar de "música de alienado" ou esse tipo de visão que ser feliz é crime inafiançável ou fazer música simples é sinônimo de música inferior, em comparação a MPB, que entrou em declínio pós jovem guarda, das músicas de protestos e toda carga política, a Jovem Guarda só estava preocupada em manter seus cortes ridículos, levar a gata pro cinema e manter a sua fama de mal. Realmente não dá pra esperar muita carga política de bandas que só estão tocando sucessos gringos, talvez essa omissão política tenha beneficiado alguns, Roberto que o diga. Mas ser bobo não tem nada de errado também. 

Vale ressaltar que também surgiu um rápido efeito na moda também, popularizando as camisas Agostinho Carrara, calças boca-de-sino e minis saias no Brasil. Mais sobre o efeito da Jovem Guarda eu recomendo duas músicas do Jackson do Pandeiro, Iê Iê Iê no Cariri e Mãe Maria e Coroné Antônio Bento, que tem outro nome inicialmente, confiram na minha postagem do Tim Maia!

Apesar de nunca ter sido muito valorizada em quesitos artísticos (comercial é outra história) o setor produziu diversos clássicos, como Banho de Lua, Celly Campello, que é uma música italiana, A Praça, SIM a música da Praça é Nossa é do Ronnie Von, o banger Foi Assim da Wanderléa e os bazilhões de sucessos do Roberto e Erasmo Carlos, pergunta pra sua mãe/vó que elas vão te fazer a lista.

Ainda vale citar outros artistas, The Silver Jets (BANDA DO REGINALDO ROSSI), Os Cincos JotasOs Incríveis que tem a versão original daquela única música dos Engenheiros do Havaí (piada tá), Renato e Seus Blues Caps,  Leno e Lilian que tem a versão original de Devolva-Me, Vanusa e etc.

Em um aspecto geral, a Jovem Guarda não sobreviveu ao tempo foi completamente gentrificado, diria até que o gênero de brega é o filho não assumido desses tempos, até pelas vestimentas, pelo ritmo, e pela mania de traduzir músicas gringas, só uma suposição, o Reginaldo Rossi. Realmente foi um mero sonho de verão. 

Nota do editor: Não tem nada mais hipster atualmente do que ouvir jovem guarda, apesar disso tem uns álbuns interessantes que eu vou trazer pro blog ainda, incluindo o álbum psicodélico do RONNIE VON, eu preciso ouvir isso completo. 

A Jovem Guarda trouxe a guitarra elétrica pro Brasil, e isso tem tudo a ver com o próximo seguinte

A MPB

Marcha Brasileira Contra as Guitarras Elétricas, 1967

Sim, os músicos Brasileiros em 1967 organizou uma marcha contra as guitarras elétricas, que de certa forma refletia um ode contra a influência dos Estados Unidos no nosso país, mas de uma forma totalmente tortuosa. Lembra que eu falei que a música brasileira foi forjada a ferro e fogo? Pois bem, não foi mera força de expressão, os músicos da MPB travavam embates comerciais e de audiência contra a turma do IêIêIê. Quer se sentir como um jovem dentro da Marcha? Escuta minha playlist pô!
Sobre a marcha contra as guitarras elétricas, eu deixo essa entrevista do Caetano que se negou a participar, e ficou no hotel junto a Nara Leão observando de cima. Gil aceitou participar porque gostava da Elis na época. (é sério)

A Música Popular Brasileira foi um movimento dos anos 60, que tem esse nome justamente pelos festivais televisionados, os grandes festivais de Música Popular Brasileira, que começou em 1965 e não perdurou muito depois do AI-5, com a censura fica difícil de fazer música, ainda mais com as famosas músicas protesto.
Bastante ligado a esquerda, o setor artístico da MPB tinham diversas músicas que denunciavam/escancaravam a situação de tensão política por golpe de 64, tal como Roda a Vida (que ao contrário é Viva a Dor) do Chico Buarque, o famoso show Opinão da Nara Leão que você pode conferir melhor no meu post sobre ela e Pra Não Dizer que Não Falei das Flores, Geraldo Vandré. Nesses tempos também houve uma valoração de elementos brasileiros.
A Elis Regina e Jair Rodrigues também tinham seu programa de TV, O Fino da Bossa, que competia de audiência com a Jovem Guarda, pode ser melhor visto aqui. Aliás quando o programa Jovem Guarda surgiu a MPB entrou em completo declínio, o que justifica de alguma maneira A Marcha contra as guitarras. 
A rivalidade era tipo West Coast vs East Coast (2pac vs Biggie), só que não teve nenhuma diss (exceto pelo Luiz Gonzaga) ou alguns dos dois lados levou bala. 
Nota editorial: Tupac passou vergonha em Hit 'Em Up, que muitos consideram a melhor diss da história, mas muito pelo contrário, a própria resposta do Mobb Deep é melhor que Hit 'Em Up, afinal eles foram citados de graça e acabaram respondendo a altura, mas isso é papo pra outra postagem.Hit 'Em Up é cringe, como dizem os jovens (transviados talvez).

É difícil delimitar um padrão rítmico na MPB, já que compreende vários artistas, que vai do samba de morro até um baião maranhense (João do Vale), então para fins de delimitação dá pra colocar como esses ritmos "tipicamente brasileiros", músicas autorais e uma forte presença do violão. Guitarra é coisa de alienado. 
Os cantores da MPB vocês conhecem bem, Chico Buarque, Elis Regina, Nara Leão Geraldo Vandré, Edu Lobo, Simonal de certa forma e o demais, que estão na playlist que indiquei.

Fora isso, vale citar apenas para fins de nota. Os artistas do norte, o forró também estava em alta na Guanabara, mas o forró não tem nada a ver com isso. E a Bossa Nova, a essa época, estava fazendo sucesso em Nova Iorque, lugar a qual ela pertence de fato. Fora os músicos remanescentes dos tempos das serestas, boleros e samba-canção, famosos cantores de rádio que não tinham evaporados, apenas não eram mais os queridinhes da indústria fonográfica.

Agora sim, Tropicália 
Começou em 1967 e terminou pouco tempo depois, em 68, pois os artistas foram exilados, a trupe se dispersou e o regime num modo geral ficou mais violento, com a promulgação do AI-5. Óbvio que alguns elementos existiram depois disso, mas estou delimitando a tropicália, enquanto música, os seguintes artistas: Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Os Mutantes, Tom Zé e o maestro Rogério Duprat. Incluindo algumas composições dos Poetas José Carlos Capinam, Torquato Neto e Rogério Duarte. Não vou querer bater carteira musical, mas não existe tropicália fora desse quadrado que delimitei.
Os músicos tropicalistas adaptaram peças de teatro, poemas, cordéis, populares e até arte gráfica, com a adaptação do quadro Lindonéia do Rubens Gerchmann em música, que é justamente a discreta participação no tão famoso álbum, já chegaremos nele.


Não posso me alongar muito sobre a parte gráfica por falta de perícia, mas termos Hélio Otitica que batizou o movimento como um todo e Cláudio Tozzi, que também está próximo de uma pop art. A arte do Hélio está na barra a esquerda do meu blog, "Seja Marginal, Seja Herói" e Cláudio Tozzi é o fundo do meu blog, com "Che Guevara, vivo ou morto". É período bastante interessante de conhecer... 

Voltando pra músicas, como podemos observar, a tropicália é uma bagunça, mas tudo faz sentido. Pense em um circo, termos diversas atrações, lançamento de espada, palhaços, globo da morte, acrobacias e tudo isso faz sentido quando juntos, Tropicália é a parte circense da música brasileira, tanto pela estética colorida, tanto pela "bagunça". Não atoa, Tropicália ou Panis Et Circensis.


Esse é simplesmente o melhor álbum nacional de todos os tempos.
Eu sou apaixonado nesse disco, vou tentar ser técnico. 
Desse álbum termos um trabalho colaborativo de todas as pessoas que mencionei, afinal, aí estão todes na capa. Então vamos destrinchar alguns elementos (ISSO NÃO É UMA RESENHA, QUE AINDA VOU FAZER)
Primeiro uma clara referência a Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, Gil nunca negou a influência que tinha do Beatles, aliás Gil e Caetano são os "cabeças" do movimento em termos musicais. São dois cantores que cresceram no ninho da MPB e música de protesto, porra Podres Poderes do Caetano, mó musicão de protesto meeeeeermo. Aliás foram ambos que deram entrada oficialmente na Tropicália com a apresentações em pleno Festival de Música Brasileira de Domingo no Parque (Gil) e Alegria, Alegria (Caetano e Os Mutantes) Se termos Gil e Caetano como cabeças, termos uma banda de rock como "braços", os Mutantes, que realmente utilizavam guitarra elétrica e tudo, em teoria seria uma banda de jovem guarda (apesar que essa afirmação não tem muito sentido).

Então podemos dizer que: A tropicália não uniu a grande rivalidade da música brasileira, mas sim BAGUNÇOU os conceitos e os pensamento quadradinho que se tinha sobre a música, rompendo até comercialmente também, já que fizeram bastante sucesso, chegando até a ter também o seu programa de TV, O Divino Maravilhoso. Isso somado aos jogos de palavras do Tom Zé, e a divina, maravilhosa, dona do meu coração voz da Gal Costa, não tenho mais linhas nesse blog pra falar da Gal.

Portanto, o famosíssimo álbum de 68 sintetiza todos os participantes num projeto só, PORÉM, todes tiveram respectivos álbum individuais, Sendo em ordem Cronológica, todos homônimos, e de estreia:  

Caetano Veloso janeiro 1968 (gravado em 67)

Gilberto Gil Maio 1968, também conhecido como Frevo Rasgado

Os Mutantes junho 1968
esse álbum é MUITO bom, muito mesmo

Rogério Duprat e Os Mutantes - A banda Tropicalista do Duprat (não sei o mês, 1968)

Tom Zé 1968, as vezes chamado de Grande Liquidão, porque realmente parece o nome do álbum
a capa mais linda, dos citados

e fechando a tropicália, Gal Costa maio 1969 (foi gravado em 68)


Também tem um álbum psicodélico/experimental da Gal e Duprat justamente com esse nome, de 69, mas essa é uma peça rara da nossa música, que precisamos ouvir com carinho em outro momento. Honestamente tenho MEDO desse álbum, parece muito maluco. As vezes também é chamado de Cinema olímpia. 

Em termos artísticos, mesmo cada ume tendo a sua própria identidade, é marcante uma música orquestral, mas uma orquestra hippie, e sim, hippies podem ser um equivalente comparativo para entender um pouco do movimento. O caso você não goste desse tom mais épico, o álbum com mais cara de banda de garagem é o do Tom Zé os demais trabalham muito com o que é apresentado no Tropicalia ou Panis Et Circensis. Se quiser poupar tempo, escute só o principal, aliás é o mais importante. 

Pelo anteposto, podemos colocar que Tropicália (em termos musicais) foi um movimento que rompeu com as barreiras comerciais entre os gêneros rivalizados da época, existindo de 67 até 68.

Eu prometo ainda fazer resenha de cada um dos álbuns citados, mas isso vai sendo aos poucos. Viva a marginália! Viva a pilantragem! Viva a música nacional!

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Top 10 Melhores músicas para o dia dos pais

 

"PaAaAaai'
Domingão, aquele almoço de cara feia e comentários passivos agressivos, dia de abraçar o paizão com dois tapas no ombro né?  Confira uma lista das melhores músicas para o dia dos pais:

#1 Fábio Jr. - Pai
Razões óbvias, o Fábio não aguenta mais tocar (e ninguém aguenta ouvir) essa música, especialmente depois do Fiuk cantar no faustão, isso é a versão masculina equivalente de tocar  "Como é Grande o Meu Amor Por Você" no dia das mães.

#2 Dire Straits - Sultan of Swing 
Algumas bandas podem ser definidas como bandas de tiozão, tipo Iron Maiden, mas Dire Straits é uma banda que só pai escuta, é real oficial. Mais paizão do que isso apenas camisa polo listrada e bermuda cargo caqui. Nota: Ele provavelmente não sabe pronunciar Dire Straits 

#3 Agepê - Moro Onde Não Mora Ninguém
Samba não é tanto de paizão, mas esse em específico me parece bastante

#4 Dicró - O Bingo
Partido alto de "duplo sentido", ou músicas abertamente misóginas, piadas com sogra, traição, corrupção em genérico, possível homossexualidade e até piadas sobre pênis, como tem a famosa " a Boca no Pau" é um humor bem sofisticado que apenas homens de meia idade conseguir rir. 

#5 Tina Turner - We No Need Another Hero
Mostre ao seu pai, ele vai reconhecer, a Tina Turner (RIP) no filme Mad Max 2, uma mínima nostalgia pelo menos ele vai sentir. 

#6 Ritchie - Menina Veneno 
Indo para outro clássico oitentista, dispensa explicações em relação a essa.
#7 Sérgio Reis - Pinga Ni Mim
O seu pai é mais velho, um homem do campo, uma figura rurar caipira, que escuta esses sertanejos mais antigos. Espero que não seja bolsonarista também hoje em dia
#8 Ultraje a Rigor - Inútil
Ainda falando em bolsonaristas, vamos considerar que o seu pai é um roqueirinho insuportável que odeia o funk, odeia a música brasileira, odeia MPB, MAS escuta Ultraje a Rigor, por motivos de rock enroll fuck yeah!!
#9 Scorpions - Still Loving You
Dando um passo pra frente do item anterior, essa sim, é a música mais paizão de todas da lista. Puta merda, como essa música exala o espírito de pai....

#10 João Nogueira - Espelho
Esse último item não tem nenhum de meme, esse música é bastante bonita e fala sobre paternidade de uma forma mais poética, sutil, um espelho para se levar pra vida :)

Menção honrosa ABBA - Chiquitita, foi pensando no meu pai especificamente, ele escutava bastante ABBA no sozinho do carro. Tem bom gosto o véio.

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O bode que concorreu pra vereador!


Sim, você não está alucinando, hoje vamos falar sobre a votação de um bode, na cidade de Jaboatão/PE.   

Não antes de mencionar uma coisa, tal fato, não é incomum no Brasil. O caso mais conhecido é o Chimpanzé Tião, lá no Rio de Janeiro que se "candidatou a prefeitura do Rio" em 88, chegou a ganhar 400 mil votos! O que colocaria na terceira posição, mas todos nós sabemos que Tião não poderia chegar a prefeitura, afinal, ele era inelegível por ser analfabeto. 

Outro caso animal e famoso é a rinoceronte cacareco, em 1959 na cidade de São Paulo. Mas a história de hoje não envolve o sudeste e nem saiu no Wikipédia! É sobre o Bode Cheiroso, candidato a vereador. História descrita na música Bode Cheiroso, lançado em 1960 na voz do Luiz Wanderley, naquele famoso álbum Baiano Burro Nasce Morto. Arrocha no botão do play e vem conhecer.





Bem, o bode cheiroso era uma figura conhecida no Jaboatão velho, apesar de ter dono, vivia solto, vagueava pela cidade, passeava até de trem e dava cabeçadas nos moleques que ousavam perturbar a autarquia, o apelido se dava pelo seu cheiro característico. Sua primeira fama de fato foi quando um vereador de Jaboatão sugeriu prende-lo pela sua catinga, foi quando virou matéria nos jornais pernambucanos pela primeira vez.  

Nas eleições de 55, alguns jornais imprimiram a foto do bode com a frase "Queremos cheiroso", não foi muito votado, passou até despercebido até que certo dia, o Jornal paulista de grande circulação (Diário da Noite) deu uma pequena aumentada na história dizendo que o bode levou muito mais votos do que realmente aconteceu, enquanto as cédulas de Jaboatão contava apenas 4 votos, a história aumentou para 400, o que trouxe grande fama ao bode Cheiroso, que chegou a dar entrevista para rádio e começar a cobrar por fotos, no caso, o dono.

Dizem até que o bode saiu no New York Times, de qualquer forma ele está imortalizado pela garganta do Luiz Wanderley e vivo na memória do povo de Jaboatão, que até conta a história oralmente para as próximas gerações.

cara de honesto...

Alínea: Também não é o primeiro caso de bode nordestino vereador, tem o famoso caso do Bode Ioiô de Fortaleza nos anos 20, que esse sim teve uma votação muito expressiva, mas novamente, não pode ser eleito por ser analfabeto

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Jorge Ben Jor - Homo Sapiens (1995)

 

Informações legais: 
1 de Janeiro de 1995
10 Músicas, 47 minutos
MPB, Discoteca (?), Pop anos 90, funk à gosto
℗ 1995 SONY MUSIC ENTERTAINMENT (BRASIL) I.C.L.

Jorge Ben Jor é uma figura uníssona na música popular brasileira, este homem é praticamente um gênero musical próprio em vida, na verdade, isso não é tão difícil de acontecer. Um artista único não é, necessariamente bom, ou inspirador, ou etc, mas no caso de Jorge é mais do que inspirador, é a história viva 'suingando' pela nossa música. Assim chegamos nesse álbum, o primeiro álbum do Jorge Ben Jor junto a SONY e seu vigésimo nono álbum na carreira aos 56 anos, não é mais um menino, nem um novato, chega já consolidado e conhecido pelo o seu estilo marcante e amplamente acariciado e adorado por a gente (referenciando Amante Amado aqui).

Anos 90, muitos artistas deram uma repaginada no seu estilo, devido a "chegada" de novos instrumentos e novas formas de se fazer música, na verdade elementos da música não mainstream chegaram nas mãos das grandes produtoras, tal qual a popularização dos DJ. Todo fenômeno do rap que deixou fazer música "mais fácil" (ou com mais instrumentos para se brincar), nos anos 90 também termos a consolidação do eurodance e do house, ambos ritmos vindo dos anos 80 que tiveram a sua maturação completa na década seguinte, isso vale pro rap também de uma forma ou outra. Só a título de exemplo cito Lulu Santos, que se desgarrou da imagem de boyzinho rockstar para se consagrar uma grande figura pop, lançando aqueles álbuns maravilhosos dos anos 90, como Assim Caminha a Humanidade e Eu e Memê, Memê e Eu, também lançado pela SONY inclusive. Sou muito fã do Lulu, essa fase noventista é muito boa... Citando outro artista, dessa vez internacional termos o Prince, que também se descolou daquela imagem de jovem, chegando até a trocar de nome, por questões e mais questões.

Então ao chegar em Homo Sapiens, esqueça tudo que conhece sobre Jorge Ben e entenda o contexto de artistas experimentando coisas novas (falando assim até parece droga), em ritmos novos e uma forma nova de fazer música, efeito da grande indústria fonográfica descobrindo elementos que surgiram vinte anos antes (DJ's, sintetizadores, discoteca, samples e outros elementos), mais anos 90 do que isso, só a Tiazinha dançando seminua em plena TV aberta. 
Quem é saudosista desse tempo é canalha ou desinformado

Só a título de curiosidade, esse álbum foi produzido pelo Pena Schmidt, que também produziu os principais álbuns do Ultraje a Rigor e alguns do Titãs, como Cabeça de Dinossauro. 

Aí quanto lero lero cheguei até na Tiazinha. Vamos ao álbum, começando pela sua capa.
Ternos uma coloração vibrantes contendo apenas duas cores, azul claro e uma cor que chamo de 'roso' que é uma mistura entre roxo e rosa, que não fica claro se é nem um nem outro, somado ao Jorge Ben Jor, num sorriso safadinho e seus famosos óculos que viraram marca registrada em algum momento de sua carreira, talvez nos anos 90 mesmo. No reflexo o seu nome e seu álbum numa fonte sem serifa bastante grossa que me lembra a STENCIL (do word mesmo), essa capa me dá uma vibe de rave/balada da época, como se o Jorge Ben tivesse numa, tem esse ar noturno, esse ar de festa, mais ou menos condizente com o que o álbum trás. Sendo bem específico, talvez esteja até errado, olhando pra capa eu lembro da cena inicial do filme Blade (1998), onde a nós é apresentado o personagem, apesar de ser tons diferentes, me trás uma verossimilhança.

Créditos: Long Line - Facebook

Agora tenha a imagem mental do Jorge Ben Jor caçando uns vampiros na noite, é isso. Gosto da capa, é bem bonita. Fico feliz por quem comprou a versão física do álbum, talvez tenha atraído uma galera pela capa, julgando o livro pela capa, termos um bom projeto aqui.

Então você aperta o famosinho botãozinho do play as primeiras notas é uma batida muito forte, eu acho que é um snare (não manjo muito de percussão) junto ao um som mais agudo de sinos, algo que remete a natalino, natal, Jesus, ANJOS, e aqui estamos na música Ave Anjos Angeli, que é só o Jorge Ben lançando um flow brabo com um monte de nonsense característico dele. Muito de suas músicas são meio que codificadas, como W Brasil, Cosa Nostra, Galileu... Da Galiléia e o álbum inteiro da Tábua de Esmeralda né, algumas ninguém se importa muito em decifrar, é o caso dessa e tem outras nesse estilo no álbum também. Eu falei flow que é geralmente associado ao rap, porque ele canta um pouco diferente aqui, por estar tocando um tipo de música com pegada mais no funk (dos anos 70), então em alguns momentos seus versos parecem com a forma que o Gerson King Combo cantava, algo interesse que consegui pontuar.

Em relação a letra, ainda é um álbum do Jorge Ben Jor, então tem alguns fatores comuns a suas oturas obras. Suas letras geralmente são um nonsense, um fato histórico muito aleatório, esoterismos religiosos/leis herméticas/alquimia/magia mesmo, mulheres/estar apaixonado ou futebol. Eu dividi as 10 faixas desse álbum em grupo e vou continuar essa análise em grupo, já que as temáticas são parecidas. Até fiz um infográfico no BrModelo para ilustrar (quem trabalha com modelagem de dados não fique com raiva de mim) Em vermelho as músicas sobre mulher/amor, azul nonsense e verde fato histórico específico.

Vou começar do vermelho, assim que termina Ave Anjos Angeli, termos a bem humorada música Gostosa, que narra, com detalhes, um relacionamento a distância, que na época ainda era por telefone. Essa é a melhor música do álbum, foi a que virou "hit" e ganhou até um vídeo clipe que é hilário de assistir, tá aí outra coisa bem Jorge Ben, bom humor, o que não diminui o seu trabalho, é apenas um toque de comédia que deixa o clima mais leve. Os analistas de cultura dão muito pouco valor as obras engraçadinhas, parece que rir de algo tira a sua qualidade, algo que não faz o menor sentido, muito pelo contrário, por que eu gostaria de uma obra que me faz chorar? Bem, Gostosa tem um ritmo bem gostoso se me permitem outro uso da palavra, uma letra bem chiclete que vai morar na sua cabeça por alguns dias, impossível não ouvir sem cantar junto.

Outro musicão desse álbum, essa é a minha favorita junto a Café e Rabo Preso é Gertrudes Bon Hausen, essa tem uma diferenciação técnica, pelo menos nos meus ouvidos, o ritmo dela é em 6/4 no lugar do convencional 4/4, de novo com o famoso instrumento de percussão torando aqui, e com é bom ouvir ele, apesar que assim, nas músicas do Jorge Ben o instrumento que mais se destaca é a sua guitarra, nesse álbum ficou faltando um riff, um ritmo, uma batida de violão que fosse marcante, mas aquela coisa, os terríveis anos 90. Ainda falando de Gertrudes Bon Hausen o ritmo não é lento, mas a pegada é, aquela coisa arrastada, melosa do bardo (Jorge Ben) abrindo seu coração, a letra é a tão boa que talvez te faça passar vergonha tentando imitar os sons agudos que a sua voz chega.


Não se assuste, estou trazendo a capa do Salve Simpatia (1979) que tem Ive Brussel para falar das mulheres belgas, lembrando de uns dos seus maiores hits, Ive Brussel é sobre uma mulher belga que ficou com ele durante uma turnê em Bruxelas. Ele deve ter alguma relacionado (fantasia talvez) a isso porque em Musas de Bruxelas ele fala de mulheres belgas em genérico e em grupo como "elas querem me ver feliz, elas querem em ver brilhar" com a mesma batida de Gertrudes Bon Haussen, só que com um pianinho/harpa/algo de corda meio bêbado no meio do som, balançando entre a música.

Indo de um polo Benjístico a outro, no campo do nonsense/esoterismos. As vezes o Jorge Ben Jor é partidário a aquela famosa frase do Michael Scott (The Office), algo por volta da melhor temporada da série, também conhecida como quinta temporada.

Fonte: Torre de vigilância

Fazer músicas "sem sentido" é relativamente um artifício comum no mundo das composições, eu vejo como uma forma de quebrar um bloqueio criativo, as vezes fica só algo muito pseudo intelectual e chato, as vezes funciona, no caso do Jorge Ben, funciona MUITO, Rabo Preso é só uma música com pegada de funk 'recitando' ditados populares, com algumas frases aleatórias no meio, é uma boa música, rendeu clipe e talvez seja a segunda mais conhecida do álbum. Em termos rítmicos, é um funk bem clássico, tipo Ohio Players (com direito a metais), que pelo menos a guitarra aparece e se faz mais presente, ainda não é/não parece ser o Jorge Ben tocando, que nesse álbum é só cantor mesmo, ao que parece.
Quando eu digo frases aleatórias peço que me levem ao pé da letra, uma que estou pensando até agora é "Aquele pizzaria recebeu uma encomenda de 300 pizzas" ou o próprio refrão que é "olha o rabo, olha o rabão". Além de um momento aleatório que ele chama uma loirassa de gata, muito hornyposting e pouca música Seu Ben Jor!

I Love Little Black Joe's Band, essa música tem uma batida bem interessante, que deve ser sample de alguma coisa, é um pisadinho de maracatu, que deve ser influência do grupo Nação Zumbi que lançou da Lama aos Caos um ano antes. O ritmo tem uma encorpada melhor, já o Jorge Ben Jor achei meio preguiçoso nessa letra, a melodia é bem genérica, não atoa, eu tive que reescutar a música pra lembrar dela. O mesmo vale para Ubirani Ubiraci, eu parei 47 minutos do dia EXCLUSIVAMENTE para ouvir o álbum, e não lembro dessa música. Sem problemas em relação a isso, nem toda obra precisa ser marcante ou mudar a sua vida. Inclusive acredito que você não irá lembrar dessa postagem até o final do seu dia.

Deixei a minha favorita nessa ouvida por último, já adianto que a minha favorita é Gertrudes Bon Hausen, mas a canção Café que não a conhecia até escutar o álbum inteiro. Então eu tenho a minha favorita, mas por descobri Café, essa foi a minha favorita da experiência. Mais uma vez termos uma guitarrinha funk e o clássico snare pesadão ao fundo, dessa vez o funk tá mais pra James Brown, mas sem acentuação na terceira. Jorge Ben Jor canta "meu amor, meu amor me faz um cafezinho" com tanta paixão que desafia qualquer estômago vítima de gastrite a tomar uma caneca do "preto que virou ouro nas terras do Salgueiro". A letra é como fosse uma apresentação escolar sobre café, só que com alunos sem vergonha de falar ou o professor precisar dar um esporro na turma deixando todo mundo sem graça, menos o Pedro Henrique, que vai ficar fazendo caretas para o outros alunos do fundão.

Eu pressinto que talvez role uma auto referência quando ele cita que a planta veio da Etiópia, a mãe dele é Etíope, então, vai que, é muito difícil procurar algum significado quando a música fala figurativamente de café, apenas. 

Em um apanhado geral, eu tenho a impressão que Jorge Ben Jor só tinha escrito umas três ou quatro no máximo, daí a SONY resolveu dilatar essas 4 composições em 10, em 47 minutos. Dá pra sentir onde é dedo do artista onde é dedo da produtora, por isso, em um apanho geral, o álbum carece de criatividade, apesar do seu conceito ser bom e funciona. Explico, tacar Jorge Ben em um estúdio e adornar com todos esses adereços dos anos 90 é uma ideia boa o conceito criado é bom, mas ele não vai muito além disso. O álbum te entrega tudo que tem a oferecer nas suas duas primeiras músicas, sendo Gostosa o carro chefe do conjunto, que rendeu um clipe hilário, recomendo que vejam AGORA.


Contudo, entretanto, todavia (como dizia meu professor nas aulas de conjunções adversativas) uma hora apresentado todo seu potencial, você tem 40 minutos restantes da mesma coisa. Algumas letras são engraçadas, alguns suingues engatam, mas não é nada muito forte. E aí termos que entender que é um cantor passado do auge, depois desse álbum de estúdio só lançou mais dois e hoje é um simpático senhorzinho de 85 anos. 

No quesito entretenimento, pode te garantir com algumas músicas, como álbum, como conceito, não embala muito. 

Homo Sapiens te ensina que nem tudo precisa ser extraordinário, ouviu, sentiu, toca a vida pra frente que tá tudo certo. 

Vira e mexe tô sempre ouvindo Gertrudes Bon Hausen.

No frigir dos ovos, melhores músicas: Gostosa, Café, Gertrudes Bon Hausen
Músicas pulavéis: Maria Luiza, Homo, Ubirani Ubiraci.

Informações chatas: 

Tracklist: 

1 Ave Anjos Angeli 4:33
2 Gostosa 4:41
3 Maria Luiza 3:55
4 Rabo Preso 4:36
5 Gertrudes Bonhausen 5:55
6 Homo 4:47
7 Musas De Bruxelas 3:45
8 Little Back Joe's Band 5:36
9 Ubirani Ubiraci 4:57
10 Café 3:49

Produzido pelo Pena Schmidt. Não achei mais informações técnicas. 

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