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O bode que concorreu pra vereador!


Sim, você não está alucinando, hoje vamos falar sobre a votação de um bode, na cidade de Jaboatão/PE.   

Não antes de mencionar uma coisa, tal fato, não é incomum no Brasil. O caso mais conhecido é o Chimpanzé Tião, lá no Rio de Janeiro que se "candidatou a prefeitura do Rio" em 88, chegou a ganhar 400 mil votos! O que colocaria na terceira posição, mas todos nós sabemos que Tião não poderia chegar a prefeitura, afinal, ele era inelegível por ser analfabeto. 

Outro caso animal e famoso é a rinoceronte cacareco, em 1959 na cidade de São Paulo. Mas a história de hoje não envolve o sudeste e nem saiu no Wikipédia! É sobre o Bode Cheiroso, candidato a vereador. História descrita na música Bode Cheiroso, lançado em 1960 na voz do Luiz Wanderley, naquele famoso álbum Baiano Burro Nasce Morto. Arrocha no botão do play e vem conhecer.





Bem, o bode cheiroso era uma figura conhecida no Jaboatão velho, apesar de ter dono, vivia solto, vagueava pela cidade, passeava até de trem e dava cabeçadas nos moleques que ousavam perturbar a autarquia, o apelido se dava pelo seu cheiro característico. Sua primeira fama de fato foi quando um vereador de Jaboatão sugeriu prende-lo pela sua catinga, foi quando virou matéria nos jornais pernambucanos pela primeira vez.  

Nas eleições de 55, alguns jornais imprimiram a foto do bode com a frase "Queremos cheiroso", não foi muito votado, passou até despercebido até que certo dia, o Jornal paulista de grande circulação (Diário da Noite) deu uma pequena aumentada na história dizendo que o bode levou muito mais votos do que realmente aconteceu, enquanto as cédulas de Jaboatão contava apenas 4 votos, a história aumentou para 400, o que trouxe grande fama ao bode Cheiroso, que chegou a dar entrevista para rádio e começar a cobrar por fotos, no caso, o dono.

Dizem até que o bode saiu no New York Times, de qualquer forma ele está imortalizado pela garganta do Luiz Wanderley e vivo na memória do povo de Jaboatão, que até conta a história oralmente para as próximas gerações.

cara de honesto...

Alínea: Também não é o primeiro caso de bode nordestino vereador, tem o famoso caso do Bode Ioiô de Fortaleza nos anos 20, que esse sim teve uma votação muito expressiva, mas novamente, não pode ser eleito por ser analfabeto

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