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Bem-vindes a Marginália 3

Quadrinhos, música brasileira e outras coisas a mais. É somente requentar e usar! Made in Brasil

⛧O COMEÇO DO ROMANCE ENTRE ROCK E SATÃ⛧



O primeiro batismo satânico, 1967

Mwahahaha! Após vender minha alma para o capetão pra pagar a conta do spotify no mês, fui coagido a escrever essa postagem no blog. Espero que gostem... Ou não.

Prefácio: Essa postagem se propõe a ser uma investigação da ligação do rock'n'roll com o satanismo/satã/simbologias satânicas, o pânico moral em cima do rock, um breve resumo do verdadeiro satanismo e uma explicação mais densa do que "FOI O BLACK SABBATH!!!" apesar da banda inglesa ter contribuido muito para o universo da música, e de antemão já falo: eles estão longes de serem os pioneiros.

Por conta de ser um assunto muito extenso, será dividido em duas postagens, ao menos que encontre material para fazer três, então fique ligado a Marginalia 3
Teremos fontes!
Uma boa leitura.

⛧Música de jovem é música do diabo (drogas e sexo também).

Antes de falarmos propriamente dito do Rock em si, bom pontuar alguns ritmos-mães do gênero.
Essa associação de rebeldia-drogas-diabo sempre fora muito comum durante o século 20 lá no Estragos Unidos da América, e todo mundo ocidental. A primeira vítima desse fenomeno foi o jazz, que era música do momento durante a 'era do proibicionsimo', pré grande depressão, quando vigorava a proibição do álcool clubes noturnos tocavam jazz! E o jazz era muito mal visto pelos setores mais conservadores ou apenas desconfiados. 

Esse mal ver era associação básica a drogas, sexo e "satanismo", em palavras de universitários: (tradução livre) 

“Insanidade, abuso de drogas, caos, primitivo e bestial, criminalidade, doenças infecciosas, o infantil, o sobrenatural e o diabólico”(Connie Allen Tipton, “Who’s Afraid of the Jazz Monster?: For Many Americans Jazz was the Music of Demons, Devils, and Things that go Bump in the Night,” History Today 69 (October 2019)


O motivo para tal é um quanto óbvio, é musica também negra e essa nem era a pior parte, havia uma grande mistura de várias etnias no jazz, brancos, negros, latinos e romanis, valendo ressaltar o gypsy jazz que foi popular 20 anos mais tarde, o que era o verdadeiro pavor de um país que ainda vivia sua segregação racial. É o pânico moral de perversão da juventude, principalmente as mulheres (tradução livre):

Essas associações causaram grande ansiedade que o jazz iria filtrar a mente de jovens ouvintes e os tornar insanos, viciados em drogas, primitivos, criminosos, crivados com doenças e intenções do mal. Por exemplo, mulheres libertinas que participavam da cultura do jazz era vistas como perigosas (talvez por serem bissexuais, nota do tradutor) e eram referidas como "vampiras" ou "vamps" (também por talvez serem bissexuais, nota do tradutor) Mais do que as mulheres participantes da cultura do jazz, as musicistas eram especialmente demonizadas, muito por termos racializados e primitivos linkando a música e os seus criadores a estados regressivos da humanidade, originando a "Selva Africana" que estava fazendo seus ouvintes desenvolver "andar de quatro".¹

Ok, os bailes dos anos 20 realmente eram porra louca, mas nada justifica o evidente racismo presente nessas atribuições negativas que parte da cultura ocidental tinha em cima do jazz. Cantoras como Billie Holiday, compositora da música de denúncia de violência racial Stranger Fruits (VOCÊ PRECISA OUVIR) chegou a ser declarada como inimiga número #1 do país, chegando a ser presa diversas vezes durante a carreira.² Inclusive foi "presa" em seu leito de morte, isso é história para outra postagem.

Love, Billie | MODO DE VOLAR


Clarificando que o jazz não era um lugar imaculado de tensões raciais, mas o seu público era diverso, talvez o primeiro ritmo de massa que ganhou esse status de música universal, em um país tão severamente segregado como o EUA. Talvez seja o primeiro furar de bolha entre as culturas, nesse caso através da música, que alavancou a carreira de diversos músicos negros, apesar de vim com duras penas. De certa maneira, mesmo longe do ideal, era um lugar de música multiétnico. Apesar de restrito aos grandes centros urbanos.

Sendo esse lugar, para o imaginário conservador tradicional onde a música negra corrompia a juventude com suas práticas de drogas e "liberdade sexual", lembrando que no começo do século 20 a cocaína era associada a população preta dos EUA, antes de ser gourmetizada...

Então o caminho do texto fica mais claro: Música negra será demonizada, do mesmo mal sofreu o blues e o rock, como veremos nos tópicos seguintes.

⛧A herança maldita do jazz. Onde o rock começa e onde o blues termina?

Pelo breve resumo apresentado ficou claro qual seria também o tratamento oferecido aos músicos de blues dos anos 30 e 40, os bluesman como eram conhecidos, tinham a fama de serem advindos de prisões do sul do Estados Unidos³, região onde se originou o ritmo, apesar de existirem outros tipos de blues supervenientes, como o Chicago Blues, popularizado pelo Muddy Waters, que ascendeu em um contexto onde o rock já estava formalizado.

O blues tem componentes a mais para serem demonizados, é um ritmo 100% negro e havia um subtipo que falava abertamente de prática sexuais, vivendo seu "pico" (ou pica, se me permitem o trocadilho) lá no pré guerra, entre a grande depressão e a invasão na Polônia pelo terceiro reich, vou deixar essa lista no wikipedia de alguns exemplares.

E não é metafora, não é "quero ser um peixe para passar a noite acordado em você" é putaria mesmo, das boas, tipo e Shave 'Em Dry a Lucille Bogan fala que tem algo no meio das pernas que faria um homem morto levantar (considerando um trocadilho entre come e cum). Uma mulher falando abertamente de relações sexuais não deveria ser uma prática bem quista na época. Pontuando que essa música foi escrita ainda nos anos 20.

Lembrando que é um recorte da cultura do blues, pontuei o dirty blues porque desmonstra uma cultura em outra rotação da cultura dominante da época.

E aí... aí que começa o problema com o Rock. Rock em si tem uma teoria que seria uma expressão sulista para prática sexual ou fuder como os populares dizem, mas há ocorrência desse mesmo termo em uma música gospel lá no comecinho do século 20 (INFELIZMENTE NÃO TENHO FONTE), então para garantir uma precisão maior, rock seria algo como balançar, chacoalhar, agitar ou gozo (em ambos os sentidos), a ligação de rock com música gospel é estreita, buscando uma "origem" do gênero musical conseguimos mapear Sister Rosetta Tharpe*, uma irmãzinha guitarrista da igreja que resolveu misturar a 'sujeira' do blues com o 'sagrado' do gospel, dando começo a todo esse novo gênero, inclusive seu primeiro single foi justamente Rock Me em 1938. 

que mulher, amigos

Ela merece uma postagem só pra ela, farei quando tiver literatura o suficiente!!

*Cabe ressaltar uma coisa, a "passada de bastão" do blues pro rock nunca aconteceu de fato, não há um momento histórico que podemos separar um do outro, não acreditem em mitos de criação que "fulano inventou x", a Sister Rosetta Tharpe é apontada como pioneira pela sua evidente influência em roqueiros futuros, sendo a pessoa mais importante da época que culminou na criação daquilo que conhecemos como rock atualmente, ou como conhecíamos nos anos 40/50. O blues e o rock por muita vezes são só rótulos arbitrários daquilo que o caldeirão cultural sulista dos EUA produziu no período.

Até o próprio termo rock'n'roll só foi surgir lá pros anos 50 (1954), quando Alan Freed popularizou em uma rádio de Ohio, a essa altura todos os elementos já estavam formados, só não havia um nome.

Nisso podemos apontar o primeiro ponto de antagonismo dos cristãos x rock de maneira mais clarificada, a poluição da música gospel. 

⛧Ninguém gosta de misturar com essa gentalha. 

Como eu classifiquei acima, o rock pode ser descrito, inicialmente, como a incorporação de elementos da música gospel, de igrejas evangélicas (tradição religiosa do EUA) com o blues, o tão mal visto e mal falado blues.

Falo com propriedade que a tradição evangélica americana odeia a secularização de suas tradições, ou seja, trazer "coisas do mundo" para dentro da igreja. É característico do protestantismo americano toda a criação de uma indústria cultural própria, que seja limpa, imaculada e própria para consumo de famílias evangélicas. Isolando seus fiéis do mundo exterior pecaminoso, quer um exemplo perfeito? As novelas bíblicas da Record, que é oriunda do fenômeno televangelista dos anos 80, que chegou com força no Brasil nos anos 90, chegaremos nesses pastores de televisão mais tarde.

Essa cultura de igreja nos Estados Unidos é muito forte, principalmente nos estados com tradição conservadora e mais rurais, os sulistas e é essa tradição de criação de bolha que foi importada para o Brasil. Um fenômeno interessante a se observar naquele país podre do hambúrguer e calça jeans são as MegaChurches (sic), igrejas estupidamente grandes com cultos de números impressionantes. Grandes eventos evangélicos e afins. Em outros termos, a indústria cultural gospel, que sempre foi forte na terra do Tio Sam.

Igreja de Lakewood, Texas.
É tipo uma cristopalooza...

Essa cultura de igreja também é presente em comunidades negras, com adicional da música que sempre foi a marca registrada dos cultos batistas. Os famosos corais superanimados

Com isso, sobrou até para cantores como o Ray Charles e Aretha Franklin serem mal falados no circuitos evangélicos, ou como melhor descreve em entrevista Randall J. Stephens que é escritor do livro The Devil’s Music: How Christians Inspired, Condemned, and Embraced Rock ‘n’ Roll (tradução quase livre): 

Bem, eles demonizaram, em tantos casos, porque eles viram um tipo de apropriação pecaminosa. Cristãos brancos e negros acusaram Ray Charles de blasfêmia por conta de como ele secularizou música sacra (gospel). A lenda do blues Big Bill Broonzy certamente acreditou que Charles foi longe demais. Um ex-pastor in Pine Bluff, Arkansas, Broonzy disse que Charles "tinha aquele blues", mas "está chorando" santificado. Ele está misturando blues com espiritual". Ou, como o/a critico/a Holly West disse sobre Aretha Franklin, quando ela "uma vez clamava por Jesus, ela clama "baby" (muito comum nas canções de blues para se referir ao par romântico). ela cantarola e geme com o ecstasy transfixo de uma irmã da igreja (freira) que está experienciando o Espírito Santo."⁴ (um grande abraço para minha amiga Sofia voltairine que me ajudou a traduzir essa parte)

Que apesar de já não serem tão bem visto por comunidades conservadores, todas as figuras basilares do rock são de igrejas, especialmente pentecostais, que muito influenciaram o gênero. 

Portanto dá pra considerar que o rock germinou entre esse cruzamento da música gospel negra e o blues, é um tipo de proto-rock nascendo por ali, mas por extenso estudos de cultura, não é considerado o nascimento de fato. O trabalho de reconhecimento de artistas negros no meio do rock é bastante importante e vem sido feito nos últimos anos.

Ressalto que o blues, o rock e o jazz coexistiram por muito tempo, especialmente blues e rock a todo momento se inspiravam e originavam entre si, apesar do blues ter aparecido primeiro ele veio apenas a se consagrar a partir do momento que o rock'n'roll começou a ter sucesso também. É uma zona meio cinza de qual é qual. E partir de que momento o rock se consolida? Anos 50.

⛧Origem do rock de fato. Cultura sulista dos Estados Unidos.

O Estragos Unidos da América é um país enorme, multifacetado, porém bastante segregado. Entre brancos e negros, negros e negros, brancos e brancos e afins. Uma dessas dualidades presentes é entre o sul e o "norte" do país, essa segregação estava presente na música enquanto os grandes centros urbanos, como Nova York tinha o jazz, multiétnico (apesar de racista também) o sul vivia com a música caipira branca e o blues negros. Alguns especialistas atribuem que o transito entre essas duas culturas que fazem surgir o Rock'n'roll de fato lá nos anos 50. Lembrando do contexto de apartheid vivido no período, mais forte nos estados do Sul (tradução livre):
Alguns autores veem o crescimento do Rock & Roll como uma reconciliação de ambas as culturas, onde músicos negros e brancos tem estilos parecidos, chegando a hits consideráveis (Garofalo, 2002) e endereçam suas músicas para uma audiência heterogenea (Fowler, 2022). Ao contrário, outros autores consideram que o Rock & Roll foi resultado da adaptação de músicas rhythm and blues para uma audiência conservadora branca (Drever, 2015; Rabaka, 2016).⁵

Ou seja, todo o sul do Estados Unidos estavam ouvindo as mesmas músicas, só que com um muro que segregavam as duas culturas. Ambos ouviam as mesmas coisas, só que infelizmente não podiam sequer frequentar os mesmo clubes de dança. Artistas de rock brancos começaram sua carreira e se consolidaram fazendo covers de artistas negros (tradução livre):
Músicas cover são interpretadas como resultado dessa apropriação, que novos artistas brancos começaram (Elvis Presley, Pat Boone, Bill Haley) sistematicamente regravar artistas negros para ganhar sucesso e popularidade (Aquilla 2000; Cooper, 2016).⁶
 
Só que esse movimento aconteceu também do inverso, em menor grau, onde artistas negros incorporaram elementos da cultura caipira branca em suas músicas, o melhor exemplar para tal foi quando Chuck Berry fez uma versão rock Maybellene, uma música caipira tradicional sulista.

Isso foge um pouco do tema da postagem, mas o link desse artigo do José Luiz Ortega que fez um mapeamento de covers das música dos anos 50 que demonstra o percentual de influência e de quem fez cover de quem. Como nesse gráfico.

Portanto esse senso comum criado recentemente que "artistas brancos de rock tiveram que roubar a música negra para fazer sucesso" não é de toda verdade, já que a maioria das regravações se dava entre eles mesmos. Muito pela política de regravação adotada pelos gravadoras, como está descrito no artigo. 

Voltamos para a temática, a influência da música negra não ficou apenas em questões técnicas de acordes e formas de cantar, a atitude mudou. Só ver como era as perfomances do Little Richard com seu topetão, ousadia e barulho! Uma das primeiras figuras de destaque no rock'n'roll, talvez o primeiro grande rockstar de fato, que a irmã Rosetta Tharpe me perdoe. 

um cara gay cantando rock no quintal da KKK, tem que respeitar.


Músicos como Little Richard não furavam a bolha da segregação, por ser 'música racializada' ela ficava restrita ao público negro, por tocar apenas em rádios negras (isso é uma mácula ainda muito presente no mercado atual) enquanto Elvis Presley regravava suas músicas e estourava para a população branca, foi o caso de Tutti Frutti. (fonte)

Falando do Elvis em específico, a atitude de performances mais associada a artistas negros fez que ele se tornasse a um símbolo sexual, o cara era gostoso mesmo (pra época), o que o garantiu o apelido safadinho de Elvis The Pelvis, especialmente por AQUELA PERFOMANCE em 1956.

Jailhouse rock, 1956

Pra fechar essa parte, trago que Elvis não gostava do apelido Elvis the Pelvis e não tinha intenções de fazer algo sexual, apenas estava sentindo a música e não conseguia cantar sentado, como a TV Insider resgatou uma entrevista do Elvis para uma revista (tradução livre).

"Não, senhor," ele disse "Eu não gosto que eles me chamem de Elvis The Pelvis. É a expressão mais infantil que já ouvi de um adulto. Elvis the Pelvis"

"E outra coisa" ele disse. "Eu não balanço minhas - como eles dizem 'girações pélvicas' - meu quadril não tem nada a ver com o que faço. Eu apenas - Eu sinto o ritmo da música. Faço porque gosto do que estou fazendo. Não estou tentando ser vulgar, não estou tentando estimular sexo. Apenas bastante balanço e tremedeira (no sentido de rebolar), mas eu nunca sarro ou me esfrego. Eu não consigo sentar quando eu canto, então as crianças também não conseguem"

E quando foi perguntado sobre seus fãs serem delinquentes, Elvis responde:
"Eles são crianças decentes de alguém, provavelmente foram criadas em casas decentes... Se eles querem pagar para vir e pular (no sentido de diversão) por aí, é da conta deles. Eles irão crescer algum dia e amadurecer sobre isso. Mas quando estiverem jovens, deixem se divertir."

Em outras palavras, como dizem os jovens, Elvis Presley tinha O MOLHO, se apresentando de forma similar a artistas de rock, só seu público é o branco sulista conservador ou até o branco caipira, o que gerava enorme choque cultural nesse """primeiro contato""".

Por ironia da industria musicial tinhamos um país segregado racialmente que consumia os mesmos produtos, havendo uma intercessão entre si chamado de rock-a-billy, misturando o rock com a música caipira (hillbilly) dos estados do sul.

O bicho vai pegar mesmo dos anos 60 pra frente, tinha até uma banda que era maior que Jesus, mas calma aí! Isso ficará para a próxima postagem!

⛧Resumidamente, no frigir das almas condenadas pelo fogo eterno...

https://i.redd.it/01pqhxuzomab1.gif

 A cultura negra estadunidense foi demonizada por associação negativas as supostas práticas realizadas, em pecados associados a peversão, ou seja o diabo representando aquela figura do corruptor muito presente do cristianismo, da tentação, dos desejos mais podres do ser humano. 

Aliás essa é uma das multifacetas do racismo, no Brasil a título de exemplo era comum a expressão "da cor do pecado".

Da parte vinda de próprias comunidades negras, o rock foi condenado por misturar a arte sacra com coisas mundanas, por outro lado, o intercambio cultural entre a cultura de blues negra e os ritmos caipiras sulistas gerou um "estranhamento cultural" (racismo por tabela) entre os setores mais conservadores da sociedade a figuras do rock como Elvis Presley, ligando seus movimentoss de dança a práticas sexuais e símbolos de rebeldia, que por sua vez, teve grandíssima inspiração em roqueiros negros, assim colocando em contato para uma sociedade totalmente branca algo fora do comum. Ou seja, mais uma vez a mera associação da figura do corruptor. Também acontecendo em menor grau, aquele velho esteriotipo da masculinidade negra como uma ameaça constante.

Tem muitos outros fatores em jogo, que serão melhor debatidos na próxima postagem

⛧Fontes bibliográficas:
¹ FOR UNLAWFUL CARNAL KNOWLEDGE:THE SATANIC PANIC IN THE UNITED STATES, Joshua Hanna
² Idem
³ Idem
⁴ Religion Dispatches (link)
⁵ The racial origins of Rock & Roll: network analysis of cover songs in the 1950s United Sates, José Luíz Ortega
⁶ Idem


 Todas as traduções foram feitas pelo autor da postagem.



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