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Quadrinhos, música brasileira e outras coisas a mais. É somente requentar e usar! Made in Brasil

Arma-X, Barry Windsor-Smith (1991)


Só a ponto de curiosidade, Barry Windsor-Smith fez essa sozinho, uns dos maiores clássicos da Marvel.

Se você é do ramo, já deve ter ouvido falar dessa HQ, a Arma X, será que é um clássico pela sua qualidade ou por sua fama? Veremos 

Sem spoilers, na verdade, é bem díficil de dar qualquer spoiler nessa aqui

o cartunista britânico fez fama desenhando HQs de Conan O Bábaro, e outras histórias mais fantasiosas-medievais, lá na rabetinha dos anos 80 desenhou algumas edições do X-Men, pórem, ficou na história dos quadrinhos com essa história lançada em 1991 em 3 edições, mas antes de falar do roteiro, vamos para a arte.

Traços grossos, posições mirabolantes e cores bastante saturadas, garantindo uma espécie de psicodelia ao quadrinho, como se fosse um delírio, um sonho, que na verdade é mais um pesadelo...
O estilo de coloração me lembra muito o Jack Kirby, tem um arzinho de retrô, algo dos anos 60 e 90, talvez isso seja pela qualidade do Scan que tive acesso

Belíssimo
Só que, claro, sem aquela regrinha de "quadrinhos americano" que é o famoso 2 por 6, ou seja, doze quadrinhos por página, o Layout ainda respeita o formato de quadrados, porém em sua maioria são bastante estreitos, o que dá uma dinâmica a história e cria uma sensação de confusão mental, algo com utilidade narrativa presente. Em algumas páginas você se perderia, se o texto não estivesse bem posicionado. Portanto a disposição dos quadros e a narrativa estão muito bem casadinhas.

Outro ponto interessante, e é marca registrada do Windor-Smith é desenhar corpos em variadas posições, trazendo uma ideia muito presente de movimento, com a dobragem das roupas, posição de queda e etc 


Apesar do método não-ortodoxo de layout, algo bem quadrinístico é o uso de Splash pages essas páginas grandes que tomam todo espaço. Faz bom uso, o ritmo é frénetico, você lê 130 páginas como se fossem 13, tal como o roteiro ajuda.

E sobre o que é essa história? A premissa é simples, a origem do Wolverine, Logan é capturado nos cafundós do Canadá e subemetido a inúmeros testes e pesquisas, da maneira mais dolorosa possível, porém, surpreendendo os cientistas, Logan é um homo-superior (mutante) que pode ter atrapalhado o funcionamento das coisas...  

Tudo isso narrado em uma história bem quirky, quanto americanismo meu, mas não sei se peculiar serve bem, mas farei um comparativo. É como os filmes do Shyamalan, roteiros fechadinhos, excução diferente, e baseado em um grande plot twist apostando na confusão narrativa do leitor, mas nada que impeça o enterterimento, isso é o ponto mais forte da HQ, ela é divertida de ler, apesar dos temas abordados serem escabrosos. 

Outro ponto bom, mais esquecido nas outras HQs do Wolverine, a dor que é ser ele mesmo:

que dor, que dor!

Ser o Wolverine é praticamente uma punição da mitologia grega, teu corpo possue fator de cura, é praticamente imortal, as garras rasgam a sua pele toda vez que saem do antebraço, mas ele se recupera.
Não é porque ele consegue se recuperar rápido que não foi um processo dolorido, toda santa vez.

Wolverine não é muito bem um herói, ele só está junto aos X-Men por ser perigoso o suficiente se estivesse do lado de lá.

Por fim, essa história tem um ritmo bastante cinematográfico, não sei porque nunca foi adaptada antes, poucos personagem (só quatro), em um ambiente fechado e roteiro amarradinho que vai confundir a sua cabeça, mas fique tranquilo, não tem o que entender. 

A experiência de ler vale mais do que a história em si díficil falar sobre, um verdadeiro clássico que não pode ficar de fora de sua lista; 



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