Pesquisar este blog

Bem-vindes a Marginália 3

Quadrinhos, música brasileira e outras coisas a mais. É somente requentar e usar! Made in Brasil

As vezes é preciso desagradar...


Anúncio do Daniel Craig como novo James Bond, outubro/2005

O ano era 2005/06, o mercado era outro, as demandas eram outras, porém, Casino Royale dá uma aula de como ressuscitar franquias conhecidas, aclamadas pelo público e pela crítica. Em um tempo onde estamos vivendo uma infestação de adaptações péssimas e um senso de nostalgia desenfreado que só querem tirar dinheiro de millennails, o que podemos observar com 007 Casino Royale (2006)?

Pois bem, quando Daniel Craig foi anunciado como o mais novo James Bond em outubro de 2005 sofreu um pesado boicote por parte da mídia e pela imensa maioria dos fãs, existindo inclusive um site chamado DanielCraigIsNotBond.com, que nem estar no ar mais (imagino o motivo), a CNN definiu como 'a maior controvérsia cinematográfica da memória recente', o tabloide inglês Daily Mirror o definu como 'James Bland' em uma tradução livre poderia ser chamado de 'James Meh', jornais consideravam um cast equivocado, mesmo sem o coitado sequer abrir a boca ainda. 
A torcida de nariz com o Craig ficou mais forte ainda pela especulação que se tinha da volta do Pierce Brosnan, o 007 do último considerável sucesso da franquia (na verdade praticamente o único filme bom depois dos anos 60) GoldenEye, olhando para o Brosnan, que era o padrão dos James Bonds entendemos porque a escolha do Craig foi tão "polêmica":

aquele olhar 43


O Daniel Craig é baixo comparado a outros atores que fizeram o espião mais famoso do mundo (1,80 em comparação a média de 1,85 a até 1,90), loiro, meio calvo sem o famoso topetão, orelhas de albano, mal encarado e talvez feio seria pegar muito pesado, eu não tenho uma posição para defini-lo como feio, coitado, porém com toda certeza não tem cara de galã do cinema mundial. Digamos que é uma estética não ortodoxa para filmes do gênero, definitivamente não tinha nada de James Bond, e o filme, sabendo disso, entrega exatamente o que prometera ao anunciar o Craig, um novo James Bond. funcionando de forma até metalinguística, aproveitando esse hype negativo que a escolha de seu espião principal levou.   

Até porque o filme é sobre o mais novo 007, com a franquia sofrendo um reboot total, não atoa, por todo filme o James Bond não é o 007, sendo apenas o 00, e ainda batalhando para se firmar no MI6, sempre muito alvo de críticas pela sua conduta estabanada, nesse filme não termos inúmeros apretchos tecnológicos mirabolantes, não termos a classe de um galã, apenas um agente secreto muito porradeiro, que sua e sangra bastante, e minha nossa, como o James Bond apanha em Casino Royale, com direito a famosa tortura em suas partes intimas no final do filme. Outro fator é suas falhas, ninguém estava acostumado a ver o 00(7) falhar, por ele ser o herói, o melhor e o mais inteligente, no filme o James Bond é até espertinho, mas carece de humilde e inteligência de enxergar o cenário completo, ou seja, ele até consegue pensar rápido, mas as vezes não pensa direito... 

Sobre o filme em si, em uma rápida resenha, é um filme pensado do inicio até a tortura, os trinta minutos finais eu considero meio gratuitos, meio off com o filme, poderiam estar muito bem na Quantum Solace (segundo filme com o Craig) mas enfim, acompanhamos a evolução do agente que aos poucos vai deixando o seu ego falar menos. Apesar de excelente, perde e apanha muita das vezes por excesso de confiança, porque quando você é bom, você pode para alguém melhor, mas quando você é o melhor, perde apenas para você mesmo. 
Termos um James Bond que começa explodindo uma embaixada no começo do filme, para no final matar alguém usando silenciador de forma bem discreta, já como 007 e pela primeira vez toca icônica música da franquia, mas sem perder a sua assinatura truculenta. Aliás, essa porradaria juntada a ações mais espertinhas em menos brucutus que pegam uma M60 e atiram para tudo que é lado é a assinatura de filmes de ação dessa época, mais "pé no chão", não visando um realismo, mas sim um humanismo do herói, olha como ele sofre de verdade, será que realmente vai conseguir? A exemplo de Busca Implacável (excelente filme, mas só o primeiro) e Agente Bourne.
A "bond-girl" também é diferente das outras, mas nesse blog você não verá eu comentando par romântico de ninguém.

Por falar em humanismo, humanidade do personagem principal vermos ele sentir mortes, mesmo sendo alguém com LICENÇA PRA MATAR, o sentimos titubear em algumas violências, por mais que ele tente transparecer que não sente nada todo frio e calculista peaky blinders, então termos uma excelente atuação do Daniel Craig fingindo interpretar alguém frio quando na verdade quer transparecer alguém que sente, densidade de personagem. 

Não é um filme nota 10, mas talvez seja aquele aluno que  acertou tudo e esqueceu de escrever o cálculo na prova naquela questão que valia 2 pontos, o professor é obrigado a tirar ponto, por mais certo que ele esteja.
sofreu mais do que Juliette no BBB 21

Todos esses fatores que eu listei, somado ao próprio fariam, por lógica, um 007 terrível, todavia, longe disso, Cassio Royale é admitido pelo fãs e pela crítica (agora a mídia trata bem o filme né) como uns dos melhores filmes da franquia (alguns dizem que Skyfall é melhor), por motivos simples de pensar além, e o mais importante, trazer o personagem pro século 21, é um James Bond do século 21, não aquele espião da guerra fria, apelar para isso poderia te causar uma nostalgia de ver seu bonequinho da juventude em tela novamente, e ser uma obra esquecível vinte minutos depois que se sai da sala de cinema. O 007 se tornou relevante novamente, só ao passo que deixou de ser uma caricatura de si mesmo a cada novo filme, Sean Connery ficou para trás.

Porque as obras foram feitas para serem superadas. 

E aqui chego no ponto dessa postagem:

Não importa o ano, Michael Keaton não consegue olhar pro lado

Os estúdios atuais parecem ter desistido de superar obras antigas, o motivo é bem razoável... Somado a prazos descabidos para produções desses filmes termos uma sequência maravilhosas de filmes horríveis, com um grande apelo a tempos passados e personagem clássicos, como as versões """"live action"""" da Disney, que ninguém aguenta mais. Ainda que tenha saído um filme bom que satiriza isso tudo, aquele do Tico Teco (Tico e Teco: Os Defensores da Lei de 2022), talvez você não tenha ouvido falar porque saiu direto pro streaming, o filme é bem ácido em relação ao fenômeno que estou descrevendo, e daí você entende, talvez, porque nunca tenha ouvido falar.
É óbvio que os filmes, incluindo o Casino Royale que elogiei tanto, são feitos para lucrar e dar bilheteria, porém, com as condições de trabalho e tecnologia que termos hoje é muito mais fácil fazer um projeto "genérico" e em 2023 mesmo sofremos com isso, A Pequena Seria (horrível), The Flash (péssimo) e Indiana Jones, coitado do Harrison Ford, foi obrigado, mesmo em quase 80 anos de idade a reviver o Indiana Jones, Rick Decard no Blade Runner 2049 e o Han Solo, que segundo as más línguas pediu para morrer no filme. Por falar em falecimento, os filmes recentes do Star Wars sequer respeitaram a morte da Carrier Fisher e colocaram ela de CGI no episódio 9 e em Rogue One, sinceramente, se você acha isso uma "homenagem bonita" é sinal que acredita muito bem no discursos das empresas. 

Sacanagem também é chamar o Michael Keaton pra fazer Batman novamente, sendo que ele fez Birdman (2014) que meio que explicita, suspostamente, a relação do ator com o homem morcego, só supostamente, vamos fingir que ele foi escalado para o papel por coincidência. Ironias do cinema.

E ainda de citar filmes consideravelmente não solicitados, como Detetive Pikachu, Sonic, Jumanji aquele com a pegada de "anos 80" que virou moda depois de Stranger Things (versão desqualificada de Os Goonies), tal qual o filme do Bumblebee que nem lembro o nome, o REMAKE DE IT,Jogador Número Um, Detona Ralph, aquele filme terrível do Adam Sandler de gamer (Pixels eu acho) e muitas produções dessa galera que tinha um Tamagotchi quando era criança. 
Eu posso ter citado coisas anos 90 aqui, mas o importante é o pensamento. O mandatório hoje é fazer o adulto se sentir uma criança, e das mais ousadas, que não podem receber um não. Tem pouquíssimas obras que saibam aproveitar os personagens, elas se sobressaem bem quando aparecem, O Homem Aranha no Aranhaverso que o diga, praticamente se mudou a forma de se fazer animação. (Batman lego não.) 
Os estúdios atuais não sequer ousam em desagradar a fã-base, aliás toda obra é pautada no fanservice, de quanto os nerdolas conseguem reconhecer easter eggs nos filmes. Falta ambição, falta ousadia, mas não falta uma coisa: grana e hegemonia cultural. A Marvel-Disney sempre vão faturar bastante em seus filmes, não importa o quão ruim ele seja. Não atoa essa empresa tá chegando na casa dos 40 filmes em 20 anos (considerando Homem de Ferro pra cá), o MCU é interminável, e até as marvetes mais apaixonadas estão perdendo o ritmo de acompanhar essa joça. Acorda nerdolinha, a Marvel não vai perder dinheiro por causa de lacração. 

Eu escrevi todo esse texto só pra reclamar do mal danado que o Tim Burton fez ao cinema ao trazer aquele Batman todo obscuro e de traje preto (pasmem Batman de 89 é o melhor filme), daí todos os filmes do Batman foram imitando ele, eu, com meu resquício de fã do morcego quero um filme diferente, Batman trevoso não dá mais. O ÚNICO BATMAN QUE TENTOU FAZER DIFERENTE FOI O DO JOEL SCHUMACHER, o filme é horrível, mas é disso que a gente precisa. Que pelos menos os filmes sejam ruins tentando fazer algo diferente, ao invés de incontáveis filmes genéricos.

um Batman drag queen ia balançar a história do cinema

Saio em defesa da Bat-tetas e bat-closes de bunda, aliás esse é uns dos poucos filmes do Batman que CONTAM UM ROBIN, algo que ninguém NUNCA parou pra pensar. É disso que o Batman precisa, sério.
Batman Eternamente é horrível, porém memorável, ao contrário desse The Batman de 2022, que daqui a um ano e meio ninguém vai lembrar, ao menos que saia uma sequência tão esquecível quanto.

O fã é uma criatura ingrata, mimada que precisa ser contrariado de vez em quando, até pela abrangência de novos públicos e novas pessoas que antes, talvez, nunca tenham se interessado naquela obra em questão, só pensar de quantas pessoas conheceram 007 pelo Casino Royale. É preciso a reciclagem, ao invés da reutilização.

(Como os anos 2000 eram cruéis, o Daniel Craig era considerado feio pra época...)

Leia mais...

Zito Righi e seu conjunto - Alucinolândia (1969)



Informações alucinadas 

1969
12 músicas, 30 minutos
Samba rock, Jazz, MPB wannabe, tem seu valor psicodelico 
Hot


Porra lá vem esse blog com disco de hiponga, sim, vamos lá:

Me escutem dessa vez, samba-rock psicodélico, vale a pena escutar. É um saladão de samba-rock com jazz, além de, claro, ter muito tempero de psicodelia e ser uma éspice de rito de passagem entre a música dos anos 60 e dos anos 70. Nesse álbum termos muitos elementos identificáveis de várias épocas, vamos nessa resenha decantar uma a uma.
Antes de mais nada, quem é Zito Righi? Não faço a menor ideia, toda biografia que achei não passava de um paragráfo, mas é um saxfonista tenor, líder de orquestra (dá as rédeas nesse disco), e tem nome de batimo Isidorio Righi, segundo seu próprio filho:

Achei essa informação comentada no blog "Esses Incríveis Músicos e Seus Maravilhosos Instrumentos" que Deus ou algo maior abençõe todos esses blogs obscuros de música, incluindo este que vós fala. 
Álbuns psicodélicos eram moda na segunda metade dos anos 60, até o Ronnie Von tem um (ainda vou fazer resenha), a estética do movimento hippie foi rápidamente, por ironia do destino, absorvida pela cultura, então meio que a contra cultura virou cultura de fato, isso aconteceu tanto em aspectos gráficos (como as fontes) e estilísticos, como a utilização de órgão agudo nas músicas e as guitarras elétricas que tanto pelejaram de entrar em nosso país. No Brasil, termos todo o tropicalismo que também impactou, a julgar a estética desse blog. 
Sobre o samba-rock é díficil dar uma definição precisa, mas eu gosto de definir como o "ritmo brasileiro que foi enxotado do mercado pela galera do disco" basicamente é a turma do suíngue, da batida, do boogie woogie antes dos ritmos estadunidenses se popularizar no Brasil, como a música de discoteca, funk e soul, tem como principal preominente o Trio Mocotó, algumas pessoas colocam o Jorge Ben Jor no balalaio, mas eu particulamente discordo. No mas, esse álbum é um ótimo exemplar para enteder o fenômeno do samba-rock, e vamos começar por sua capa.

A capa é terrível, eu diria até sem utilizar de palavras duras que é um pouco feia, tenta representar uma alucinação, mas tem cara de "badtrip" como a galera da droga fala, os olhos esbugalhados, gentilmente segurado por mãos queimadas, ou com aparência de cremação mesmo em um esquema de cores bem harmônico pra ser considerado psicodélico, como se conceita, acho que "arco iríco"? Tem as cores do arco íris, a capa me trasmite uma tensão, duvido que tenha sido a intenção dos artistas... Apesar de considerar ela feia, coitada, foi que me chamou atenção assim que a vi, foi amor a primeira vista, tem carinha de psicodélico eu fico daquele jeito, amor a primeira vista.

Assim que você desce o play tem uma introdução bastante cordial dizendo "a vida não vai tão mal, agora vejam que legal. Zito Righi e sua banda vindo de Alucionlânia para nos levarmos em um voo 'alucionológibom' nas delícias do seu som" e aí começa bem em um samba rock, pela presença do piano, uma matraca, apitos e a formação rítimica das palavras, a divisão dos versos, o pegada mastigadinha que o samba rock como característica, uma coisa interessante que rodeia toda obra é a voz da vocalista do conjunto, aquele vozeirão dos cantoras de rádio que foram extintas nos anos 60, um álbum "contra cultural" é interesse a combinação, a forma de cantar meio declamatória me lembra Gilberto Gil em Parque Industrial no famossíssimo álbum lá de 68, cansativamente mencionado nesse blog, também o mesmo em Marginália II no Frevo Rasgado.

A música seguinte é uma de protesto, meio pacifista das ideias não tanto apelativa politicamente, não tem um clima "governo filho da puta" (o que era plenamente razoável)  e mais "parem de brigar por favor, somos todos irmãos em cristo", o que não faz dela uma música de protesto, na verdade, mas uma de desabafo? A música de protesto só tem esse nome na época específica que foi produzida, então formalmente, é uma música de protesto, por mais que seu contéudo não seja revoltoso. Ela representa já a tensão que foram os anos de chumbo, tem algo ali no meio, mas não dá pra falar o que é direito, é o famoso "O que será que me dá, que me bole por dentro, será me dá" que o Chico Buarque escreve, engraçado essas músicas não mais de protesto como era no comecinho da MPB, mas a sensação de cansaço que já aparece aqui, em 69.

As músicas em inglês são jazzes, um tenor belíssimo, um hard bop clássico que não deixa fica muito pra trás dos clássicos saxofonistas tenores, com o Coltrane, Cannoball Adderley, Albert Ayler e essa turma boa do hard bop foi uma continuação do bebop lá pro finalzinho dos anos 50, especificamente em 1959, quando saíram 4 grandes álbuns de jazz que mudariam a histórica música, assim como a Bossa Nova surgiu nesse período o estilo é uma resposta a música antiga de jazz, trazendo essa carinha mais conhecida que termos hoje do gênero. Sabe esse jazz "sujo", noturno, pegada Taxi Driver do Scorsese? Hard bop. E sinceramente, se Once in a While tivesse no meio de um álbum do Miles Davis com essa execução do Righi, ninguém sequer notaria a diferença, um ótimo exemplar de jazz aqui.

Logo após, em Birimbau, a pegada vai um pouco mais pra MPB em geral, como era costumeiro a época, com o pézinho no tropicalismo, mas nada de tropicalista, afinal, a altura desse campeonato, o tropicalismo já tinha morrido, expliquei melhor aqui.

Também tem algumas faixas que são na pegada mais "Jovem Guarda" aqui, isso se dá pelo dedo do Roberval que era do show business dessa galera do iê-iê-iê, como Bye Bye, Adeus Amor e Sou Feliz Aqui, que tá entre a jovem guarda e o samba rock, mas nada que seja calça boca de sino demais.

Outro ponto de se ressaltar é de quão bom são as músicas de jazz aqui, onde há jazz há os irmãos Gershwin, nesse álbum é Love is Here to Stay, porém num ritmo desjazzustado, com a carinha mais brasileira, combinação polêmica, eu prefiro a versão da Ella Fitzgerald, porém comparar com ela é uma tremenda sacanagem, não é mesmo?
Por mim, o álbum acaba rápido com Hert, outra música gringa, e saí com aquela sensação de "mas já??", pois é tem um cumprimento ideal de um álbum, 12 músicas em 30 minutos, sucinto, sóbrio, bem apresentado. Me parece mais uma escolha editorial do que escolha própria dos artistas, todavia entrega muito bem um elemento da música psicodélica, a mistura, tem vários elementos aqui e todos estão bem coesos, uma verdadeira salada. Eu colocaria um pouco mais de jazz

Recomendo, principalmente as músicas de jazz e samba rock (metade do trabalho) 

Quebrou totalmente minhas expectativas, não esperava ouvir samba rock em um álbum com essa capa,
parece música psicodélica feita por gente que nunca usou psicotrópicos ou é bissexual. 

Informações chatas:
01.  Poema Rítmico do Malandro (Sônia Santos)
02. Somos Todos Irmãos (Roberval)
03. Once in a While (Green, Edwuares)
04.  Birimbau (Roberval)
05.  Primeira Conjugação (Wagner Santos)
06.  Bye Bye (Carlos Imperial)
07.  Love is here to Stay (George Gershwin & Ira Gershwin)
08.  Isn't a Dream (Zito Righi & Sônia Santos)
09.  Sou Feliz Aqui (Ruy P. Pereira)
10. 1 Adeus Amor (Roberval)
11.  Alvorada (Luís Freire & Maurício Einhorn)
12.  Hert (Richard Adler & Jerry Ross)
Pistons: Ubiratan e Barcelos, 
Trombone: Othon, 
Sax-Barítono: Renato, 
Órgão: Alberto, 
Contrabaixo: Paulinho, 
Bateria: Fernando, 
Ritmista: Nilo, 
Guitarra: Jorginho, 
Crooners: Verinha, Sônia Santos e Carlinhos, 
Saxofone: Zito Righi.

Leia mais...

A mais lida: